Agenor Fagundes viu Tropa de Elite e comenta com exclusividade para o ON
09/10/2007
www.tropadeeliteofilme.com.br
O que se espera de um bom filme: boa fotografia, som de qualidade (tanto do ponto de vista de audição, criatividade e de sincronia com a história), interpretação adequada dos atores, roteiro inteligente e capaz de entreter, com ritmo de captar nossa atenção. Tudo isto Tropa de Elite tem, em patamar de cinema de primeiro mundo.
Mas não é só isto, o cinema do ponto de vista da técnica: o filme aborda uma realidade presente e massacrante no dia-a-dia urbano das grandes cidades brasileiras, a violência urbana, o tráfico de drogas, a corrupção e a crueldade da polícia e dos criminosos.
A história tem como pano de fundo a chegada do Papa ao Brasil, o que obriga a uma tentativa de "limpeza dos morros" para a segurança do pontífice, tal como agora tivemos no Pan-Americano reforços para tranqüilizar os visitantes, o que atualiza o tema. Fica a pergunta de porque não se tem vontade política de combater com eficiência este problema também "para os de casa". Não há saída que não seja a repressão honesta, nem que sejam necessárias as camadas superpostas de comando policial para enfrentar a endemia de corrupção: basta de sociologia, não há substituto para a repressão, que deve no entanto ser complementada com programas sociais de educação e urbanização.
Aliás, neste Brasil da impunidade, do mensalão da quadrilha oficial ao Renan Calheiros, o exemplo não vem de quem deveria vir; tampouco, como bem denuncia o filme, as classes médias e altas não estão fora do processo, quando estão alienadas no consumo de drogas que fecha o circuito, hipocrisia bem levantada na história.
O filme é violento? Não, na medida em que violência seria retratar uma realidade com exagero; obviamente, mesmo não tendo o comentarista ou o leitor estado no front desta guerra, o roteiro é crível e está nos jornais diários.
Wagner Moura é um ótimo ator, muito convincente em todas as nuances de interpretação: os principais coadjuvantes, os policiais que entram na Tropa com ideais de honestidade, nem tanto, mas não chega a comprometer o filme.
Ao cinema e aos debates! Precisamos discutir a questão e colocar recursos para a tentar a paz urbana, há exemplos de sucesso nos EUA e até mesmo na Colômbia, vamos trabalhar e não desanimar.
6 comentários:
hjhj
Teresa, estamos fazendo uma oficina de BLOG e estou mostrando os Blog das alunas que passaram pelo NTE, inclusive o comentário acima de Maristela foi um teste e ficou hjhj, peço desculpas.
Um abraço
Thanya
Professores alunos e funcionários do Sá Pereira, parabéns mais uma vez pelo blog.
sobre a tropa de elite, é muito importante discutirmos a violência por estar muito próxima de nós, tanto em ilhéus como em Itabuna.
Jorge Hamilton (NTE05)
Alô Sá Pereira,
estamos utilizando o blog de vocês como um dos modelos para nossas oficinas de BLOG
Abraços NTE05
em teste com email do yahoo
Obrigada pelo carinho....
obrigada mesmo
Teresa
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