Ano de Mudanças ...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

DRA. ODILIA LAVIGNE, UMA MULHER PARA SER LEMBRADA


Posted abril 1st, 2010 by Roberto Rabat Chame
Artigo by MARIA LUIZA HEINE


Nossa intenção é homenagear todas as mulheres. Já foram homenageadas, em outros marços, grandes educadoras, mas não as simples, aquelas que se dedicam, mas não se destacam; já foram homenageadas médicas, artistas. Queríamos fazer algo diferente.

Esta semana queremos homenagear uma mulher que não tivemos a oportunidade de conhecer, mas que, temos certeza, foi extraordinária. No Brasil do início do século vinte, machista e preconceituoso, com relação à mulher e à negritude, ela conseguiu se formar em Medicina, mesmo sendo mulher e negra. Na primeira matéria falamos de uma mulher simples, do povo, analfabeta por toda sua vida, cujo sonho maior era simplesmente, poder compreender este código que o ser humano inventou há menos de dez mil anos, a escrita. Hoje vamos falar de outra, cuja trajetória foi bem diferente. A médica Odilia Teixeira conquistou o coração de um descendente de franceses, louro de olhos azuis, um grande intendente e prefeito de Ilhéus, Eusinio Lavigne.

Para escrever esta matéria procuramos o médico Dr. José Leo Lavigne, filho da nossa homenageada desta semana.

Dra Odília Teixeira Lavigne nasceu na cidade de Cachoeira, Bahia, filha do médico José Pereira Teixeira, homem honrado e dedicado à profissão, mas de origem pobre. Diz nosso entrevistado: “meu pai, depois que se casou com minha mãe teve que dar a meu avô, uma pensão generosa para ele sobreviver”.

Para estudar ela teve ajuda de um irmão, que era bacharel em Direito. Dra. Odília Teixeira se formou em medicina no ano de 1912; foi a quinta mulher a se formar em medicina na Bahia, a primeira negra. Era a única mulher da classe. Naquela época não chegava a ser incomum uma pessoa de origem simples chegar à universidade, pelo esforço pessoal e pela grande vontade de chegar lá.

Os formandos em medicina tinham que, para concluir o curso, escrever uma tese de doutoramento, por isso o título de doutor. Sua tese foi sobre a cirrose hepática alcoólica. O nome dela consta em um livro da Universidade Federal da Bahia, que em 1815 já existia com o nome de Academia Médica Cirúrgica e, em 1832 foi transformada em Faculdade de Medicina.


O advogado Eusinio Gaston Lavigne se apaixonou por ela, pelo seu conhecimento, pela sua cultura. Falava francês fluentemente e lia grego e latim; não entendia como um professor podia ensinar sem conhecer estas duas línguas. Casaram-se em 1921.

Depois de casada decidiu por abandonar a profissão para se dedicar à família. Na década de 1920 não existiam mulheres independentes, profissionais; ainda mais no interior da Bahia. E não foi exigência do marido. Eusinio não queria que ela deixasse a profissão porque era uma ótima médica ginecologista, mas ela agiu como agiria uma boa esposa e mãe daquela época. Abriu mão da profissão e da realização profissional.

Deixou de ser médica, “passou a protetora de meu pai, que não ligava para nada, não ligava para roupa, saía de qualquer jeito”. Era o anjo da guarda dele.

Para os filhos deu uma educação rigorosa, de ordem moral. Ensinava os valores morais, mesmo quando estavam longe, pois sempre lhes escrevia cartas, cobrando um comportamento correto, moralmente rigoroso.

Após o casamento moraram em Salvador, depois se mudaram para Ilhéus. Retornaram definitivamente para Salvador quando Eusínio foi destituído do mandato de prefeito, em 1937.

Dra. Odília discordava do marido em relação às questões sociais. Ele achava que os problemas sociais só seriam resolvidos pela política. Ela achava que deveriam ser resolvidas pelas ações de caridade dos que tinham mais para os que tinham menos.

Em 1953, Dra. Odilia tomou conhecimento de que o ilustre médico, escritor, professor e político Ruy Santos estava planejando publicar um livro, como de fato publicou, cujo título “Teixeira Moleque”, se referia ao seu pai, homem por quem tinha a maior admiração, como filha e pessoa.

Não teve a menor dúvida. Sentou-se e escreveu-lhe uma longa carta chamando-lhe atenção sobre o que tencionava fazer. Dr. José Leo nos mostrou a carta. Diz ela, nem um pouco satisfeita com o que pretendia o então deputado federal e futuro senador da República: “como filha, sou interessada no caso, e devemos, por isto, zelar a memória, que nos é sagrada, de quem tão útil foi à sociedade”.

Demonstra, no decorrer da carta, ser uma mulher que possuía autoridade e personalidade forte, sabia o que queria. Foi uma grande mulher e merece nossa admiração e nossa homenagem.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

FELIZ PÁSCOA

A EQUIPE DO COLEGIO SA PEREIRA DESEJA A TODOS UMA FELIZ PÁSCOA!


Os ovos tornaram-se símbolo oficial da Páscoa no século 18

Símbolos da Páscoa

Do hebreu Peseach, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. É a maior festa do cristianismo e, naturalmente, de todos os cristãos, pois nela se comemora a Passagem de Cristo - "deste mundo para o Pai", da "morte para a vida", das "trevas para a luz".

Considerada, essencialmente, a Festa da Libertação, a Páscoa é uma das festas móveis do nosso calendário, vinda logo após a Quaresma e culminando na Vigília Pascal.

Entre os seus símbolos encontram-se:

O Ovo de Páscoa
A existência da vida está intimamente ligada ao ovo, que simboliza o nascimento.

O Coelhinho da Páscoa
Por serem animais com capacidade de gerar grandes ninhadas, sua imagem simboliza a capacidade da Igreja de produzir novos discípulos constantemente.

A Cruz da Ressurreição
Traduz, ao mesmo tempo, sofrimento e ressurreição.

O Cordeiro
Simboliza Cristo, que é o cordeiro de Deus, e se sacrificou em favor de todo o rebanho.

O Pão e o Vinho
Na ceia do senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos, para celebrar a vida eterna.

O Círio
É a grande vela que se acende na Aleluia. Quer dizer: "Cristo, a luz dos povos". Alfa e Ômega nela gravadas querem dizer: "Deus é o princípio e o fim de tudo".

A Páscoa no mundo

Na China

O "Ching-Ming" é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, onde são visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes.

Na Europa
As origens da Páscoa remontam a bem longe, aos antigos rituais pagãos do início da primavera (que no Hemisfério Norte inicia em março). Nestes lugares, as tradições de Páscoa incluem a decoração de ovos cozidos e as brincadeiras com os ovos de Páscoa como, por exemplo, rolá-los ladeira abaixo, onde será vencedor aquele ovo que rolar mais longe sem quebrar.

Nos países da Europa Oriental, como Ucrânia, Estônia, Lituânia e Rússia, a tradição mais forte é a decoração de ovos com os quais serão presenteados amigos e parentes. A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior ao domingo de Páscoa e deixarem um boné de tecido num lugar escondido, o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses "ninhos".

Nos Estados Unidos

A brincadeira mais tradicional ainda é a "caça ao ovo", onde ovos de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa para serem descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa. Em algumas cidades a "caça ao ovo" é um evento da comunidade e é usada uma praça pública para esconder os ovinhos.

No Brasil e América Latina
O mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa, sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado. Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar doces e ovinhos na madrugada de Páscoa. A "caça ao ovo" ou "caça ao cestinho" também é utilizada.

http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/Pascoa/pascoa.htm